quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

ANEL VIÁRIO Dnit promete começar as intervenções hoje


A revitalização do trecho, entre o Km 0 e o 3, é uma demanda antiga de motoristas e moradores da região

Quem dera fosse apenas a poeira que atormentasse caminhoneiros e moradores que circulam no trecho do Anel Viário, entre o Km 0 e o Km 3 da BR-222. A má qualidade do asfalto, a ausência de sinalização e de iluminação, a inexistência de acostamento, tudo isso sugere a urgente reforma desse e de outros segmentos.

A má qualidade do asfalto, assim como a ausência de sinalização e iluminação e a quase inexistência de acostamento e insegurança em todo o trecho são as constantes reclamações dos condutores que passam por aquele local FOTO: NATASHA MOTA


Promessas de melhorias, no entanto, não faltam. Um edital de notificação, divulgado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), promete o início de obras de revitalização para hoje. Entretanto, no local, ontem, não foi possível encontrar nenhuma sinalização ou informação que demonstrasse o começo dessas intervenções.

"Nós, moradores, não estamos sabendo de revitalização nenhuma. Espero que seja, sim, verdade. A ampliação e a duplicação dessa via, de ampla circulação de caminhões, já é bem antiga e urgente", diz o motorista Gildo Ribeiro 39. Ele reclama do descaso, da insegurança, teme pela vida dos que diariamente circulam por esse caminho.

No Km 0, a situação é crítica. O asfalto mal existe, a terra avançou pela manta asfáltica. Não há faixas horizontais pintadas, setas de prioridade. Um canteiro central, localizado no meio na via, se encontra todo desgastado. A imagem é de abandono.


Acessos

O Anel Viário de Fortaleza é um dos pontos de circulação mais acessados da Capital, principalmente para o transporte de cargas intermunicipais e interestaduais. O rodador dá acesso à BR-116, à CE-060, à CE-065 e encontra, quilômetros mais a frente, com uma rotatória que liga à BR-020 e novamente à BR-222. No local, há, hoje, trabalhadores, mas estão construindo uma outra obra, uma ponte.

A lista de problemas não para. Já às 9 horas, o longo engarrafamento toma conta de todo o anel. O monte de caminhões enfileirados não alcançam sequer a vista. Para o mecânico Ismael Vieira, 25, o mau estado dos acessos ao Anel Viário gera muitos acidentes e danos aos veículos. "Por dia, eu conserto mais que dez caminhões quebrados. Todos com problemas de suspensão e pneus furados", diz.

Não é só a vida útil das maquinas que está em risco, mas a dos profissionais do volante que são obrigados a circular, tendo que desviar, a toda hora, de grandes crateras e desníveis. "Todo dia é acidente aqui. O pior mesmo é a falta de sinalização. Não há faixas horizontais. No escuro, um caminhão avança a outra via e, pronto, bate em outro", afirma.

O Anel Viário começa na CE-040 e passa pela BR-116, as CEs 060 e 065 e a BR-020, terminando na avenida Mister Hull. Em 32 quilômetros de extensão, passa por Eusébio, Itaitinga, Maracanaú, Maranguape, Caucaia e também em Fortaleza.

Promessas

Em setembro deste ano, houve promessa também, por parte do Dnit, de liberação da primeira parcela do pagamento da obra referente à duplicação do Anel Viário. No entanto, com a deflagração da Operação Mão Dupla, que detectou uma série de irregularidades do Dnit, a obra foi paralisada.

Procurado pela reportagem para responder aos questionamentos sobre as problemáticas apontadas e as cobranças sobre prazos e as intervenções no local, o Dnit, até o fechamento desta edição, não deu retorno às ligações.

IVNA GIRÃO
REPÓRTER

FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1210646

0 comentários: